13 abril 2012

Broken dreams

Lá estava ela, sempre diferente e distante, a observá-lo num fim do dia alaranjado...
Já pouco ou nada falam e ela conhece-o incrivelmente. Sabe todos os seus gestos - os que faz e os que não faz também -, todas as palavras que diz e quando diz, sabe as suas expressões e cada significado que têm... Ela sabe tudo, mas ao menos tempo não sabe nada. No entanto, de uma coisa tem a certeza: que tudo aquilo que já sentiu, ainda sente. 
Em tempos, sonhou com um beijo que ele lhe dera por entre a multidão, num corredor perdido, contra uma parede infinita, tal como desejara que fosse o tal beijo. Agora, todas as suas esperanças voaram. Mesmo assim, o batimento intensamente acelerado que sente dentro de si cada vez que o vê, por cada toque ou palavra que troquem...esse batimento é inevitável, é impossível de não se sentir. Por estas razões, ela quer ir embora, voar tal como as suas antigas esperanças fizeram. Não o quer enfrentar dia após dia e sorrir, como se tudo estivesse bem.
Contudo, finge uma terrível indiferença, que até ele próprio estranha e condena. Mas não devia, pois a rapariga faz de tudo para que ele não seja a personagem principal dos seus sonhos, para que não pense nele, nas suas características que o fazem ser tão especial. Ela fá-lo, ou tenta fazê-lo, pois sabe que poderia ser feliz ao escolher um outro caminho, um outro alguém que gosta dela e a trata como se fosse da realeza. Mas a verdade, é que esse outro alguém não é especial como ele, não sorri como ele e muito menos consegue com que o seu batimento cardíaco suba tão rapidamente como ele consegue fazer, somente por aparecer. Por isso, a tal rapariga prefere recuar e nenhuma atitude tomar; prefere ficar sossegada, agir de forma pura e natural, pois ela espera o Futuro e tudo o que ele lhe espera a ela.

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